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pólo sul

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06.10.06

[39] A procura

polosul
«Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido.»   Almada Negreiros, “Obras completas, Vol. III – Artigos no Diário de Lisboa"
12.09.06

[36] Para que serve ler

polosul
«como é possível governar-se para viver sem a leitura? Deixar de escrever pode ser a loucura, o caos, o sofrimento; mas deixar de ler é a morte instantânea. Um mundo sem livros é um mundo sem atmosfera, como Marte. Um lugar impossível, inabitável. (...) Um leitor tem a vida muito mais longa do que as outras pessoas porque não morre até acabar o livro que está a ler. (...) É que a morte (...)
12.09.06

[35] Elas também (d)escrevem

polosul
«O beijo durou todo o filme, mas não nos beijámos exclusivamente na boca. Ele foi descendo com uma sabida lentidão pelo meu pescoço, lambeu-me desde o queixo até aos mamilos, onde esteve alguns minutos num gozo interminável. Pouco depois, ainda mais ligeiro, avançou desde os seios até às costelas e daí ao umbigo, e com a ponta da língua fez alguns estragos no meu ventre, que parecia (...)
07.09.06

[34] Epílogo

polosul
Caí em mim. Para ela apenas contava a escrita e as emoções que suscitava. Estava-se nas tintas para o resto.   Mandei-lhe uma breve nota, a terminar com tudo:   «Se nos apaixonamos com tanta rapidez, talvez seja porque a vontade de amar precede o objecto do amor - a necessidade inventa a sua solução.»   “Ensaios sobre o amor”, Alain de Botton, p. 24   
23.06.06

[28] E tu?

polosul
  «Vês, meu Bebé adorado, qual o estado de espírito em que tenho vivido estes dias, estes dois últimos dias sobretudo? E não imaginas as saudades doidas, as saudades constantes que de ti tenho tido. Cada vez a tua ausência, ainda que seja só de um dia para o outro, me abate; quanto mais não havia eu de sentir o não te ver, meu amor, há quase três dias!» F. Pessoa, Cartas de amor a Ophelia