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pólo sul

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30.08.09

[85] Sobre escrever seja lá o que for

polosul
  Em registo biográfico, Murakami escreve, em reflexão atlética esforçada, liquidando ilusões sobre a inspiração (p. 76-78):   "In every interview I`m asked what`s the most important quality a novelist has to have. It`s pretty obvious: talent. No matter how much enthusiasm and effort you put into writing, if you totally lack literary talent you can forget about being a novelist."   " (...)
29.08.09

[82] O animal velho, à Roth

polosul
Primeiro o filme. Chama-se Elegia e o princípio resume-se no seguinte:   O carismático professor David Kepesh [Ben Kingsley] tem como fantasia perseguir estudantes aventureiras mas acaba por nunca deixar as mulheres aproximarem-se demasiado. Porém, quando a esbelta Consuela Castillo [Penelope Cruz] entra na sua sala de aula, tudo pode mudar.   Depois fui ler o livro, O Animal Moribundo, e relembrei as derivas e obsessões sexuais de Roth que já conhecia do Complexo de Portnoy e (...)
28.08.09

[80] O homem de Santa Comba

polosul
  Numa edição muito mais antiga do que a da foto, li isto, sem acentos e tudo:   "Esse socialismo de Estado, que muitos apregoam e aconselham como um regime avançado, seria, na verdade, o sistema ideal para lisonjear o comodismo nato e o delirio burocratico do comum dos portugueses. Nada mais comodo, mais garantido, mais tranquilo, do que viver à custa do Estado, com a certeza do ordenado no (...)
25.08.09

[79] Estar com a mosca

polosul
     "Quando os humanos partirem, os mosquitos estarão entre os beneficiários imediatos da nossa ausência. Apesar de a nossa visão antropocêntrica do mundo nos poder levar a pensar que o sangue humano é essencial para a sua sobrevivência, a verdade é que eles são gourmetsversáteis, capazes de sugar as veias da maioria dos mamíferos de sangue quente, répteis de sangue frio, e até (...)
08.05.09

[78] Uma morada nova

polosul
Distraído, li um artigo, pequenino, algures numa estrada ameaçada pelo mato, num desses países do sul. Era sobre Mia Couto. Depois, inesperadamente, ao norte, numa conversa de circunstância e aperitivo antes do jantar, falaram-me das infinitas possibilidades das crianças de reinventarem o português, tal como o faz Mia Couto. Lentamente, puxei a memória atrás e repesquei aquele texto sobre o que representou a vitória de Obama para os sobas africanos. Era do Mia Couto.   Nunc (...)
10.02.09

[76] Há caras que falam

polosul
  «The great man folded his palms and bowed all around him. He had one of those either/or faces that all great Indian politicians have. This face says that it is now at peace - and you can be at peace too if you follow the owner of that face. But the same face can also say, with a little twitch of its features, that it has known the opposite of peace: and it can make this other fate yours too, if it (...)
04.02.09

[75] Uma pessoa é uma série de actos?

polosul
  A propósito das incertezas sobre a verdade, p. 171:   «Si el hombre no era más que la serie de sus actos (...) nunca estaría definido antes de su muerte: uno solo, el último de sus actos, podía aniquilar su existencia anterior, contradecir toda su vida. Y a la vez, sobre todo, era justamente la serie de mis actos lo que yo más temia. El hombre no era más que lo que yo más temia.» 
04.02.09

[74] Falar por metáforas

polosul
  Longo, demasiado longo livro e longuíssimo tempo de leitura. Li aos bocadinhos, a poupar o que lia e a ler para durar. Valeu enquanto demorou. Houve momentos de descrença, desorientação e desânimo. Mas lá apareceram nacos suculentos e trechos apetitosos. Até que se chega ao cap. 34, Livro 3, p. 577, e deslinda-se uma parte da história e do que o livro pretende contar:   «The first (...)
11.09.08

[71] A sombra do vento

polosul
- No sé qué me ha pasado. No te ofendas, pero a veces una se siente más libre de hablarle a un extraño que a la gente que conoce. Por qué sera? Me encogí de hombros. - Probablemente porque un extraño nos ve como somos, no como quiere creer que somos.   Carlos Ruiz Zafón, "La sombra del viento", p. 211.  
28.08.08

[69] Retalhos da vida de uma mulher

polosul
  Li o livro de sopetão, à cata de segredos de alcova e de corrupção desportiva, mas acabei por esbarrar num rol lamuriento de uma mulher que não consegue perceber (ou não quer admitir) que sempre foi olhada como uma rameira pela nomenklaturaportuense e portista. O problema não é dela, é de quem a olhava de lado primeiro, beijou o chão que ela pisava, depois, e acabou (...)