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pólo sul

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Ter | 26.06.07

[54] Revisitando Mike(y) Hammer

polosul

 

Spillane continua a ser um grandessíssimo canastrão.

O Mike Hammer faz-lhe o jeitinho de ser um bruto, mas inteligente; insensível, mas que até gosta de música clássica; pragmático, mas que se deleita com a poesia de uns raios de sol na manhã nova-iorquina.

  E depois tem coisas destas:

 

«A Dama de Gelo deixara o vestido deslizar para os pés, o que me permitiu verificar que não usava nada por baixo. Estava mais nua do que despida, sem o mínimo gelo, quente e bela e tão viva que me era possível descortinar os movimentos suaves da respiração. Muito viva, mesmo. Os bicos dos seios achavam-se orgulhosamente erectos.

Sorriu-me. Retribuí o sorriso e abri a porta.»

 (O Assassino Implacável, p. 100)

 

Um sedutor, mas mesmo assim não passa de um canastrão.