[49] A alegoria da caverna: shuttling
A alegoria da caverna simboliza quem viveu sempre na caverna e depois vem a saber que afinal a realidade é a cores. Lester, que também é um filho de Deus, viu a realidade a cores e acabou num tugúrio, enquanto a sua vida se transforma irremediavelmente numa manta de marginalidade e degradação.
Quem lê, imagina as suas viagens entre a cor e os buracos onde se refugia, e acaba por dar razão a quem diz que, quanto menos sabemos, menos sofremos.
E também acolhe os que dizem que depois de conhecermos a vida a cores nunca mais queremos outra coisa. Se a perdermos vivemos inconsoláveis o resto das nossas vidas, dizem.
Estas análises são sempre penosas e nunca sabemos bem onde vão desaguar: quanto custa, medido em unidades de sabedoria, o sofrimento? Quanto custa, medido em unidades de sofrimento, a sabedoria?
O melhor é pôr-me a caminho.