Seg | 24.02.14
[109] o que é que eu fiz
polosul
Depois de ler tantos livros de Murakami, finalmente já tenho onde encaixá-lo. Não que seja importante, pois que nada disto é importante, mas ter onde arrumá-lo, juntamente com outros, alivia-me esta permanente inquietação, em quase tudo igual à canção do JP Simões.
Na p. 257, na linha de F. Pessoa, ele escreve:
"Vendo bem, parecia-me que nem sequer tinha uma vida decente. Alguns acidentes de percurso. Alguns altos e baixos. Só isso. Pouco mais fiz, não produzi nada de meu. Amei e fui amado, é certo. Mas disso hoje não resta nada. A paisagem que tinha pela frente era estranhamente linear. Tinha a sensação de me movimentar no interior de um jogo de vídeo."