Seg | 17.02.14
[108] o pai
polosul
Roth escreveu sobre o pai, a quem foi diagnosticado um tumor, aos 86 anos.
É um périplo familiar a dois tempos - o do pai, inconformado e a recusar entrar naquela noite escura, e a do filho, a procurar mapear o papel do pai no património familiar, mesmo que seja casmurro:
"Nunca foi capaz de compreender que uma capacidade de renúncia e férrea autodisciplina como a sua era uma coisa extraordinária e não um dom partilhado por todos. Achava que, se um homem com todas as suas dificuldades e limitações a possuía,então todos a possuíam. Bastava ter força de vontade - como se a força de vontade crescesse nas árvores." (p. 71)